Uberabenses e imigrantes torcem por outras seleções na Copa

Foto: Enerson Cleiton

Enquanto milhões de brasileiros fazem festas e contam os dias para ver o Brasil estrear na Copa do Mundo, há quem não irá torcer pela seleção na competição. Em Uberaba, dois jovens amantes do futebol admiram o futebol da rival Argentina. Um professor de espanhol argentino, além de torcer pelo time comandado por Maradona, terá mais duas pátrias amadas no Mundial.

Luís Miguel Garcia, naturalizado brasileiro, nasceu na Argentina e morou diversos anos na Espanha, onde se formou na Universidade de Salamanca. Desde 1986 vive em Uberaba. Por isso, ele torcerá pelos três países envolvidos em sua história vida. “Jé me considero brasileiro. Sou da Argentina e filho de espanhóis. Qualquer uma das três seleções que ganhar, estarei satisfeito”, afirma Luís Miguel.

A raça argentina e atuação do craque Diego Armando Maradona na Copa do Mundo de 1994, quando foi pego em exame de doping e se despediu das Copas após o episódio, fez o uberabense Luis Neto (foto) se encantar pelo futebol da equipe portenha. Desde então, ele acompanha e torce pela seleção. “Me encanto com os jogadores e com os clubes da Argentina. É paixão mesmo. Além do Maradona, o atacante Batistuta é outro grande ídolo”, diz Luis, com a bandeira azul na mão, e revistas sobre a seleção argentina.

Além de idolatrar a Argentina, o time europeu preferido é a Internazionale de Milão, recém campeã da Champions League, onde dois portenhos que estarão na Copa atuam. O zagueiro Samuel e o atacante Diego Milito são um dos ídolos da atual geração. “Verón, Messi, Higuain, Tévez e Mascherano, que tem muita garra, também são os principais. O Maradona é um treinador maluco, mas é ídolotrado pelo seu povo. Os atletas jogam por ele, amam ele. Mesmo sem concordar com alguns convocados, são os melhores jogadores da atualidade. O time está arrumado. Depois da vitória no amistoso diante a Alemanha neste ano estou mais confiante”, revela Luis.
Assim como ele, o estudante Giovanni Braga acredita que a grande rival do Brasil venca o certame. “Gosto muito das seleções do Brasil e da Itália, mas neste ano não vou torcer por birra. O Maradona é uma figura, e a Argentina tem a geração mais talentosa do futebol atual. Eles merecem”, garante o jovem.