Foto: Enerson Cleiton
Francês em Uberaba fica decepcionado com o retrospecto da atual vice-campeã Mundial na Copa do Mundo. François Berland, 57 anos, se mudou para a cidade em dezembro do ano passado e assistiu à partida de ontem, diante da África do Sul em sua casa, ao lado da esposa brasileira Valdirene Souza Berland. A derrota para a seleção anfitriã da Copa por 2 a 1 deixou os azuis na última colocação do Grupo A, com apenas um ponto conquistado em três jogos. Uruguai e México passaram para as oitavas-de-final.
Para François, a França chegaria pelo menos até as quartas-de-final da Copa. Nervoso com o resultado, ele não acredita que os jogadores tenham boicotado o tão criticado treinador Raymond Domenech. “O time estava sem estratégia e não estavam preparados para esta Copa. A equipe já chegou à competição com problemas com o Domenech. O treinador do Bordeaux, Laurent Blanc, deveria ter sido o técnico nesta Copa. Agora, quando o Blanc assumir, felizmente tudo vai mudar”, diz o francês.
Animado com a futura renovação a ser feita por Blanc, futuro treinador dos Blues, François disse que conversou com o filho que mora na França após o jogo, e a opinião dele não era diferente. “Ele também está feliz, pois com o Blanc tudo vai mudar”, revela Berland.
Para François, o meio-campista Gourcuff, que já trabalhou com Blanc na equipe do Bordeaux é o principal jogador da atual seleção francesa. O jovem meia teria sido um dos pivôs de uma das diversas crises no time da França. Gourcuff teria problemas de relacionamento com diversos jogadores do elenco. Ribery teria se recusado a tocar a bola para ele na partida de estreia, diante do Uruguai. “O Evra também é muito bom. Ter deixado bons jogadores fora da Copa, como o atacante Benzema do Real Madrid, foi um erro do treinador”, acredita François.
Agora, sua torcida será para o Brasil e pela Suíça, país em que também já morou e que ainda luta por uma vaga nas oitavas-de-final. Se o time europeu ficar na segunda colocação, poderá enfrentar o Brasil logo nas oitavas. “Se houver este confronto, vou torcer pela Suíça”, afirma Berland.
François morava em Chartres, a 90 quilômetros da capital Paris. Ele conheceu Valdirene na Suíça, onde ela morava. Após o casal ficar um período na Suíça, veio para o Brasil após problemas particulares. Acabaram decidindo ficar no município, onde a mãe de Valdirene mora. Agora, são proprietários de um bar e restaurante de cozinha francesa e brasileira, na rua Passa Quatro, número 437, no bairro Bom Retiro. Além disso, François também dará aulas de francês em uma escola de idiomas na cidade.
Desastre Moral - Na segunda-feira (21), a pedido do presidente Nicolas Sarkozy, a ministra de saúde e esporte da França usou palavras fortes para qualificar a crise pela qual atravessa a seleção francesa de futebol nesta Copa do Mundo. Roselyne Bachelot convocou uma entrevista para comentar o caso que ela classificou como 'um desastre moral'. “O futebol francês enfrenta um desastre, não porque perdemos um jogo. Mas porque esse desastre é um desastre moral. O governo francês não intervem no esporte, salvo em casos em que a reputação do país inteiro está em jogo. Como é caso hoje”, declarou a ministra, pausadamente.
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