Centro Park é o novo local de comemoração em dias de vitórias do Brasil

Foto: Enerson Cleiton

O Parque das Acácias (foto) não será mais o local de comemorações em dias de jogos do Brasil. Com o aumento de torcedores no local a cada vitória da seleção na Copa do Mundo, houve também a elevação de problemas na segurança dos eventos. Agora, o Centro Park, na Univerdecidade, será o destino do torcedor.
A medida foi definida no início da noite de ontem, em reunião feita pela Comissão de Combate a Violência em Eventos Culturais e Educacionais (Comovec). “Definimos a mudança do local com o Conselho Municipal. Agora, o torcedor poderá ficar tranquilo. A Polícia Militar (PM) irá reforçar a segurança e dar todo o apoio necessário”, afirma João Lunardi, comandante do 4° Batalhão de PM de Uberaba.
Segundo ele, nesta segunda-feira (28) após o jogo do Brasil, houve grande aumento de problemas gerados no Parque das Acácias, devido ao aumento da população festejando no local. “Tivemos muitos problemas com embriaguez, furtos no interior de veículos e muitas brigas”, relata Lunardi.
A PM já desejava que o Centro Park fosse a área utilizada nos dias de jogos da seleção. “No início queríamos que fosse lá. Como foi deliberado que as comemorações acontecessem no Parque das Acácias, cumprimos tudo. No Centro Park é mais seguro e haverá mais condições”, diz o comandante.

Só faltam três! Uberabenses comemoram por toda a cidade

Foto: Enerson Cleiton

Seleção Brasileira avança às quartas-de-final da Copa do Mundo após boa atuação e vitória diante do Chile por 3 a 0, e uberabenses fazem festa nas ruas e avenidas por toda a cidade. A comemoração para a população seguiu no Parque das Acácias até às 20h30, com aproximadamente cinco mil pessoas.
Buzinas de carros enfeitados com a bandeira do Brasil não paravam em nenhum momento nas carreatas nas principais vias da cidade após o término da partida, às 17h30. As cornetas - ou chamadas de vuvuzelas - também ditavam o ritmo das comemorações dos passageiros dos veículos. Até mesmo uma réplica da taça que irá ao campeão do Mundial saiu na janela de uma caminhonete, na avenida Santos Dumont (foto acima) - seria um sinal de que ela já está a caminho do território nacional após a atuação de hoje?. As motocicletas também faziam intenso barulho por todos os lados.
No Parque das Acácias, milhares de uberabenses pulavam literalmente para festejar o sexto triunfo consecutivo sobre o Chile. Tinha até gente de cara pintada. O placar de 3 a 0 - mesmo desfalcado de Felipe Melo e Elano - e o bom desempenho brasileiro na partida, serviu para animar o torcedor uberabense, que contava com certa desconfiança do time de Dunga. “Hoje o time jogou bem. Não sei se vamos ser campeões, mas chegaremos na final com certeza”, afirma Conceição Farias.
Sua filha, Marisa Katielly, não se importava com o futebol apresentado pela seleção e só queria saber da beleza dos jogadores. “O Kaká e o Nilmar são lindos demais”, disse ela, empolgada.
Entretanto, a crítica do torcedor, como sempre, não podia faltar mesmo na hora da vitória. “O time jogou bem, mas errou alguns passes. Poderia ser melhor. Faltou o atacante Adriano”, opinou o torcedor Tiago Carvalho.
Sem pensar no jogo diante da Holanda, na próxima sexta-feira, às 11h, em Porto Elizabeth, no estádio Nelson Mandela Bay, o torcedor Wagner José de Ávila já prevê o Brasil na final da Copa. “Gostei demais do Robinho. Foi o melhor. Vamos ganhar da Argentina na final”, gritou ele.
Segurança - Ao todo, estiveram 60 policiais militares, 18 guardas municipais e 21 bombeiros no Parque das Acácias. O som foi desligado às 20h30. Segundo o chefe de policiamento da Guarda Municipal, Marco Túlio Gianvecchio, cerca de cinco mil pessoas estavam no evento. “Está tudo tranquilo. Hoje é o dia que tem mais gente. Umas cinco mil. No primeiro jogo da Copa foram 1.500 pessoas aqui. Agora, a tendência é sempre aumentar. Interditamos todo o trânsito na região do Piscinão (foto abaixo). Próximo a igreja da Medalha Milagrosa, colocamos 11 guardas para coibir o tumulto”, relatou Marco Túlio.
O jogo - A receita verde-amarela para ganhar foi bem conhecida: bola parada na cabeçada de Juan, contra-ataque mortal para Luis Fabiano marcar e, para completar, gol de Robinho após roubada de bola de Ramires. Foi a oitava vez que o atacante do Santos balançou as redes chilenas, igualando-se a ninguém menos que Pelé como maior carrasco do adversário. Ele foi eleito o melhor em campo em votação no site da Fifa. Este foi o terceiro triunfo sobre o Chile em jogos decisivos de Copa (os outros foram na semifinal em 1962 e nas oitavas em 1998).

Foto: Enerson Cleiton

Cidade para durante o jogo do Brasil, mas há quem seguiu a rotina normal no trabalho

Foto: Enerson Cleiton

A maioria dos uberabenses parou de fazer tudo, literalmente, para acompanhar o jogo do Brasil na Copa na tarde de ontem. A cidade ficou vazia durante a partida (foto). Mesmo assim, há quem teve que seguir a rotina normal. Porém, com o famoso “jeitinho brasileiro”, muitos deram um jeito para conciliar o trabalho com a televisão.

Em uma tradicional panificadora e confeitaria, situada na Pça. Santa Terezinha, duas televisões foram colocadas para os funcionários assistirem o confronto diante do Chile. O jeito era revezar o atendimento aos clientes para não perder um lance sequer. “Na hora do jogo não teve movimento. Ficamos com uma Tv na loja e outra na produção. Tivemos que revezar na hora do atendimento. O Brasil jogou melhor desta vez. Nos deu esperanças. Depois desse jogo, acho que vamos ganhar a Copa”, diz o funcionário Gioran Maciel.
A colega dele, Claudiane da Silva Lacerda, não desgrudou da televisão em nenhum minuto. Funcionária do setor de entregas, ela aprovou a desempenho da seleção que venceu o confronto por 3 a 0. “Foi muito bom o jogo. Na hora da partida não houve nenhuma entrega”, comemorou ela.
Em um posto de gasolina no município, localizado na avenida Deputado José Marcus Cherem, também houve o funcionamento normal durante a vitória do Brasil. A televisão foi a “fiel” companheira dos funcionários de “plantão”. “Vimos o jogo inteiro. Na hora de atender revezávamos. Depois de hoje, acho que vamos ser campeões”, afirma o caixa Luis Fernando Oliveira.

A áfrica é aqui! Cidade está no clima da Copa e comércio segue lucrando

Foto: Enerson Cleiton

A cidade de Uberaba está em intenso clima de Copa do Mundo. Nos carros, nas mãos ou nas janelas de casas e prédios, as bandeiras do Brasil estão espalhadas por todos os cantos. Em diversos lugares a camisa da seleção brasileira também está na moda entre os uberabenses. Cornetas - ou também chamadas de vuvuzelas - fazem o som nas ruas e avenidas do município neste período.

Quem lucra com isso tudo são os comerciantes. Em dias de jogos da seleção, estabelecimentos chegam a vender 30 camisas do Brasil. O mesmo número também vale para as bandeiras. A expectativa é que a situação se mantenha nesta segunda-feira (28). O Brasil encara a seleção do Chile, às 15h30, em jogo válido pelas oitavas-de-final do Mundial.
Em uma série de pequenas lojas, localizadas na avenida Abílio Borges Araújo, no bairro Abadia, cerca de 10 estabelecimentos vendem os produtos verde-amarelos.
A opção de bandeiras nas lojas é variada. Tem as de mãos, pequena, média e grande. Para os carros, há modelos para serem colocados na janela ou em todo o capô. Os preços delas variam de R$ 5 a R$ 50.
Em um dos estabelecimentos, o movimento em dias de jogos do Brasil é tão comemorado quanto às vitórias do time comandado por Dunga. Cerca de 30 bandeiras e 30 camisas da seleção são vendidas. “As vendas estão muito boas. Elas só param um pouco depois dos jogos. Os enfeites e as cornetas também saem muito”, diz a proprietária Virgínia Luiza.
Na loja ao lado, as réplicas da camisa do Brasil estão em falta. No entanto, o comerciante Marcos Roberto tem cautela em relação à pedida de novos produtos, pois teme que a seleção seja eliminada do Mundial. “As camisas já acabaram duas vezes, Na última semana pedi apenas 10. A seleção tinha que estar melhor. Se o Brasil chegar às quartas-de-final vou pedir mais”, revela Marcos.
No local, as bandeiras também estão em alta. “Saiu muito mesmo no início dos jogos na Copa. Mas ainda vendo cerca de 30 nos dias de jogos da seleção. Muitos as perdem e acabam voltando”, afirma Marcos.
Na área da avenida, o clima do Mundial tem animado principalmente as crianças. Vestidas com as camisas amarelas da seleção canarinho, elas tocam as cornetas verdes, ou vuvuzelas, a todo o instante (foto).

Faltam produtos oficiais da seleção brasileira em Uberaba

Foto: Enerson Cleiton

Falta de produtos oficiais da seleção brasileira em grandes lojas de artigos esportivos faz crescer a venda das réplicas em toda a cidade. Os comércios nos bairros e no centro são os mais privilegiados. Com esta falta, a venda de camisas originais de outros países (foto) também cresceu.

Em uma grande rede de lojas de materiais esportivos, situada no Shopping Center Uberaba, há a falta de camisas do Brasil desde o início da Copa. “Estamos sem há 15 dias. Agora só vai chegar depois da competição. A indústria também está com problemas para fabricar”, revela o gerente Paulo Bernardes.
A venda de camisas de outras seleções está em alta. Da eliminada Itália, por exemplo, também já acabou. “Dos Estados Unidos também estamos sem. África do Sul, Nigéria e Paraguai estão vendendo bem. Os preços delas estão na faixa de R$ 180”, diz o gerente.
A precoce eliminação da França fez cair a venda de sua camisa. “As pessoas não vão querer comprar uma camisa de uma seleção eliminada. Isso é natural”, garante Paulo.

Jabulani - A réplica da bola do Mundial - tão criticada pelos jogadores que participam do campeonato - está em falta desde maio na rede de lojas. “Pedimos apenas 50. Na próxima Copa vamos nos programar com antecedência. Todos a quiseram. Venderíamos 500. O preço também era acessível: apenas R$ 45”, informa Bernardes.

Rivais em família na próxima fase da Copa: Pai torce para o Chile e filho para o Brasil

Foto: Enerson Cleiton

Uberabense “chileno” comemorou a classificação do Chile à segunda fase da Copa do Mundo, mas agora espera dificuldades contra o Brasil, nas oitavas de final. João Aguilera, 34 anos, é filho de chilenos e veio para o Brasil em 1975, ainda no útero de sua mãe. Torcedor da Seleção Chilena, ele garante que torcerá contra o Brasil na segunda-feira (28).

João acompanhou a partida de ontem em sua casa, ao lado do filho “rival” de seis anos, Juan Aguilera, que vestia uma camisa da Seleção Brasileira (foto). Com a camisa do Chile, João apostava na classificação do país sul-americano antes do início do jogo diante da Espanha. “Com certeza vamos classificar. Vamos ganhar este jogo por 2 a 1. O meio-campista Valdivia é nosso melhor jogador. É o mago”, disse Aguilera, empolgado.

Ainda no primeiro tempo a Espanha fez 2 a 0, com gols de David Villa e Iniesta. Com um jogador a menos em campo, o Chile ficaria fora do Mundial se a Suíça abrisse o marcador diante de Honduras. Mesmo assim, no intervalo da partida, João apostava na classificação. “O time fez lambança. A defesa tremeu, pois estava com a responsabilidade de não tomar gol para ficar no primeiro lugar do grupo”, lamentou ele.

Na volta do segundo tempo, o Chile diminuiu a diferença após gol de Millar. No momento, a equipe de Marcelo Bielsa só ficaria fora da competição caso a Suíça marcasse dois gols em Honduras. No entanto, os dois placares permaneceram inalterados, e a Seleção Chilena terminou na segunda colocação do grupo H, com os mesmos seis pontos da Espanha, mas perdendo no saldo de gols. “Contra o Brasil vai ser muito difícil. Vou torcer para o Chile, pois represento o país aqui. Na Copa de 1998, assisti ao jogo entre as duas seleções nas oitavas de final no Chile, e torci pela Seleção Brasileira, pois representava o Brasil lá”, afirma João.

Segundo ele, seus pais, chilenos, não podem assistir ao país na Copa, pois estão com problemas de saúde. “Eles são hipertensos. Já estão velhinhos. Meu pai vai assistir aos jogos e começa a se sentir mal”, revela Aguilera.

Torcida comemora na cidade mesmo sem a seleção convencer

Foto: Marcos Ribeiro

Empate do Brasil diante de Portugal por 0 a 0 garantiu a primeira colocação do grupo G, mas também mostrou falta de alternativas da seleção, que agora conta com certa desconfiança da torcida. Os uberabenses foram às ruas e avenidas da cidade comemorar, mas ficaram com o “pé atrás”. A Seleção Brasileira mostrou certa dependência de Kaká, e do ataque pelo lado direito.

A comemoração para a população no Parque das Acácias começou após o término do jogo, por volta das 13h, e se encerrou às 15h. Desta vez, poucas pessoas estiveram no local (foto).

Agora, o Brasil encara o Chile nas oitavas de final. O confronto será nesta segunda-feira, às 15h30. Esta será a segunda vez que as duas seleções se enfrentam nas oitavas de uma Copa do Mundo. Em 1998, a Seleção Brasileira venceu os chilenos por 4 a 1, mas acabou ficando com o vice-campeonato Mundial naquele ano.

Para o estudante Guilherme Vendito, o Brasil está entre as três melhores seleções deste Mundial. A falta de alternativas da seleção ontem não foi o suficiente para ele desacreditar no time comandado por Dunga. “Foi um jogo estratégico de ambas as partes. No primeiro tempo, o Brasil veio com a intenção de furar o bloqueio de Portugal e não deixou eles jogarem. No segundo tempo, resolveram se preocupar com o setor defensivo, protegendo-se das tentativas dos portugueses. 0 a 0 foi justo”, diz Guilherme.

No entanto, assim como a maioria, o policial militar Laert Figueiredo acredita que o Brasil deixou muito a desejar ontem. “Se continuarem assim não vão nem até as quartas de final. O Brasil não criava boas jogadas. A ala esquerda fica de lado e só atacam pela direita. Basta os adversários marcarem a direita do time”, atenta Laert.

População aproveita a Copa para descansar

Foto: Enerson Cleiton

Psicóloga uberabense acredita que a população brasileira aproveita os dias de jogos da seleção na Copa do Mundo para descansar e farrear. Para ela, há uma desconexão do torcedor entre o amor a pátria e a torcida pela seleção do Brasil.
Nos três jogos do Brasil no Mundial, o uberabense esteve nas ruas para comemorar. Mesmo com o empate de ontem, muitos fizeram festa nas ruas e avenidas, e até mesmo em casa, pois a seleção canarinho terminou a primeira fase da Copa na primeira colocação do grupo G. Uma boa oportunidade para reunir os amigos, festejar e beber, já que a maioria não trabalha na hora de partidas da seleção.
Porém, alguns não fazem isso por amor a pátria e se aproveitam do momento. Quem garante isso é a psicóloga Cláudia Mazão Ghizzoni (foto). “Eu vejo muita gente que sequer gosta de futebol falando que vai dormir na hora do jogo. As pessoas aproveitam o momento para fazer outras coisas, já que estão de folga do trabalho”, diz Cláudia.
Ela vai ainda mais adiante em relação ao assunto. Segundo ela, o fanatismo do brasileiro não alcança o amor à pátria. “Muitos fazem farra e vão aos bares. Há uma desconexão entre o que fazem na torcida e o amor pelo Brasil. São fanáticos pelo futebol, mas não são tão vidrados no país. Na Argentina e na Itália, os torcedores são muito mais nacionalistas. Eles lutam e sofrem pela pátria”, afirma a psicóloga.

Holandês acredita que seleção de seu país chega na semifinal do Mundial

Foto: Enerson Cleiton

Uma das grandes revoluções do futebol mundial foi o carrossel holandês em 1974. A laranja mecânica - seleção holandesa apelidada naquele ano - chega nesta edição da Copa do Mundo prometendo uma de suas melhores gerações. Um holandês residente em Uberaba aposta que o time chegue longe no Mundial.
A Holanda foi a primeira seleção na Copa a se garantir nas oitavas-de-final antecipadamente. Ontem, contra Camarões, a vitória por 2 a 1 sacramentou a primeira colocação no grupo E. Os atacantes Van Persie e Huntelaar marcaram os gols da laranja. Agora, enfrentam a Eslováquia na próxima fase, no dia 28, às 11h.
Johannes Alphonsus Kasbergen (foto), 76 anos, nasceu em Haia, na Holanda. Mudou-se para o Brasil há 56 anos para trabalhar. Casou-se com uma brasileira em Belo Horizonte e está em Uberaba há 35 anos. Mesmo vivendo a maior parte de sua vida no território brasileiro, Johannes torce pela seleção holandesa. Neste Mundial, ele aposta que o país europeu chegue entre os quatro primeiros colocados. “Estou acompanhando todos os jogos. Acredito que estaremos na semifinal. Não sei se vamos chegar à final, mas desta vez estamos muito bem. Depois da seleção de 74, esta é das melhores”, afirma o holandês.
No jogo de ontem, ele esteve em sua sala de televisão para acompanhar o desempenho do time. “Hoje estamos apenas cumprindo tabela. Agora, vamos ver como vai ser na próxima fase. Fiquei feliz de ver a Itália eliminada. São fregueses da Holanda”, brinca Kasbergen.

Para ele, o meio-campista Wesley Sneijder é o principal jogador da atual seleção. Além do atleta da Internazionale de Milão, o atacante Robben, que jogou apenas ontem na Copa, pois se recuperava de lesão, também é muito elogiado por Johannes. “Ele é muito bom. Só vai jogar mesmo na segunda fase”, diz o europeu.

Italiana que reside em Uberaba agora torcerá pelo Brasil

Foto: Enerson Cleiton

Italiana radicada em Uberaba há 81 anos torceu ontem pela seleção de seu país na Copa do Mundo. Mesmo sem acompanhar muito o futebol, Maria Ofélia Licursi (foto), 84 anos, gostaria de ter visto a Itália nas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Porém, a torcida também se mantém para o Brasil.
Na Copa de 2006, Itália e França estavam juntas, frente a frente no estádio Olímpico de Berlim para decidir a Copa disputada na Alemanha. Quatro anos depois, as duas seleções com títulos mundiais no currículo estão novamente unidas. Mas com um destino bem diferente: eliminadas na primeira fase do Mundial 2010. Nesta quinta-feira, os italianos, atuais campeões do mundo, foram desclassificados na África do Sul ao perderem por 3 a 2 para a Eslováquia no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.
Em 80 anos de história dos Mundiais de futebol, nunca campeão e vice haviam sido eliminados na fase inicial da competição seguinte. E pela primeira vez, a tetracampeã Itália, lanterna do Grupo E, deixa uma Copa sem vencer um jogo sequer (dois empates e uma derrota). A pior campanha de sua vitoriosa história.
Mesmo assim, para Maria Ofélia, que é tia da vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antônio (PMDB), a seleção italiana jogou bem ontem. “Eu assisti o jogo inteiro em minha casa. Gosto muito da Itália, é a minha pátria. Jogaram muito bem, Infelizmente faltou apenas um gol para classificarmos. Agora, vamos ver. Vou torcer pelo Brasil”, afirma ela.

Maria Ofélia, filha de pais italianos, nasceu em Calábria na Itália, em 1926. Aos três anos mudou-se para o Brasil. Há 18 anos voltou ao país europeu para visitá-lo. “Vim muito novinha para o Brasil. Não lembro de muita coisa da Itália. Meu filho me prometeu que me levaria lá e cumpriu”, relembra a italiana.

Rua Portugal agora é a rua Brasil

Foto: Enerson Cleiton

A rua Portugal em Uberaba promete ser a rua Brasil durante o jogo da seleção brasileira. A via, que leva o nome do adversário de hoje do Brasil, está completamente enfeitada e terá a torcida de uma família de mais de 20 pessoas. O time comandado por Dunga entra em campo no estádio Moses Mabhida, em Durban, às 11h. Para garantir a primeira colocação no grupo G, a seleção precisa de apenas um empate diante dos portugueses.A moradora da rua Portugal, Adriana Almeida, fez um mutirão com sua família e decorou toda a rua. A bandeira do Brasil, o símbolo da Copa na África e o mascote Zakumi foram coloridos no asfalto. Papéis verdes e amarelos foram colocados nos postes e cobriram todo o quarteirão de sua casa. “Gastamos aproximadamente R$ 200 para fazer isso tudo. Eu e minha família, de mais de 20 pessoas, foi quem decorou tudo. Os vizinhos ajudaram um pouco a pagar os papéis. Hoje, aposto que o Brasil ganha de 3 a 0”, diz Adriana.Elia Costa dos Santos, irmão de Adriana, foi o responsável pela pintura no asfalto. Segundo ele, o trabalho durou cerca de quatro semanas. Agora, ele espera que seja recompensado. “Vamos torcer, mesmo com a seleção deixando a desejar um pouco na defesa nesses dois primeiros jogos. Contra a Costa do Marfim, o treinador Dunga também deveria ter tirado o Kaká, quando ele tomou o primeiro cartão amarelo. Se fosse um jogo que precisássemos dele agora, estaríamos complicados”, crítica Eli.A festa hoje está garantida pela família. Silvania Costa de Almeida, irmã de Adriana, diz que o local será a rua Brasil durante o jogo. “Ganhando ou perdendo, vamos continuar enfeitando a rua. Colocaremos mais bandeiras. Toda a nossa família estará aqui. Hoje, vamos ganhar de 3 a 2”, afirma Silvania.Até mesmo o jovem neto de Adriana faz festa antecipadamente. Marcus Vinícius, de apenas dois anos (foto), joga futebol na via a todo o instante e pisa literalmente em cima da rua “adversária” de amanhã. “Ele ainda acha ruim se alguém joga bola em cima da bandeira do Brasil”, revela Adriana.

O jogo - Julio Baptista está confirmado na vaga de Kaká, que terá de cumprir suspensão automática contra Portugal. Dunga anunciou a escalação do meia e deu a entender que Elano não entrará em campo. Ele se recupera de uma forte pancada no tornozelo direito sofrida durante a vitória sobre a Costa do Marfim, no último domingo, e ainda sente dores no local. Daniel Alves deve ser o substituto.

Norte-americano que mora na cidade se surpreendeu com o retrospecto dos EUA

Foto: Enerson Cleiton

Norte-americano radicado em Uberaba não esperava que a seleção de seu país terminasse na primeira colocação de seu grupo na Copa do Mundo. Os Estados Unidos conseguiram ontem uma apertada vitória contra a Argélia por apenas 1 a 0, após gol de Landon Donovan aos 45 minutos do segundo tempo, e de quebra ainda ficaram na frente da Inglaterra no grupo C. Os dois times empataram com os mesmos cinco pontos conquistados, mas os EUA levaram vantagem no número de gols marcados: quatro contra dois dos ingleses.

Michael Seaman (foto), 40 anos, nasceu em Boston, nos EUA, e é professor de inglês de uma escola de idiomas em Uberaba, localizada na Leopoldino de Oliveira. Após decidir com sua mulher, que é brasileira e conheceu nos EUA, mudou-se para o município há cinco anos. Seaman já havia comprado uma casa na cidade em 1999, pois os familiares dela moravam aqui.
Apaixonado por futebol americano, ele diz que também acompanha bastante o futebol, que não é tão popular no país. Além de gostar muito de Landon Donovan, autor do gol ontem, o melhor jogador para ele é o atacante Altidore. “Os jogos da Copa tem feito os americanos pararem para assistir. O Donovan é o mais experiente, mas prefiro o Altidore, que é artilheiro”, afirma Michael.
No sábado, às 15h30, os norte-americanos enfrentam Gana, segunda colocada do grupo D, nas oitavas-de-final. Michael revela que preferia encarar a Alemanha na oportunidade. “Para ganhar a Copa temos que matar todos os adversários. A Gana tem um time muito veloz, mas preferia a Alemanha que á mais devagar. Eu não esperava que ficaríamos em primeiro lugar no grupo. Não somos os melhores do Mundial, mas temos as mesmas chances. Será difícil”, acredita Seaman.
Nas quartas-de-final, caso passe das oitavas, os EUA enfrentam o vencedor do jogo entre Uruguai e Coreia do Sul. Seaman prefere encarar a Coreia. “Vamos ver o que vai acontecer. O meu maior medo é a Argentina. Estão com o melhor time, e está mais divertido os ver jogarem. A Copa tem decepcionado. Além da França, Itália e Espanha estão muito ruins. Se os EUA forem eliminados, vou torcer pelo Brasil”, diz o norte-americano.

Evolução no futebol - A melhor participação dos EUA em Copas foi em 2002. Naquele ano, chegaram até as quartas-de-final. Donovan, eleito o melhor jogador da partida de ontem estava na oportunidade. Na Copa das Confederações no ano passado, os norte-americanos foram vice-campeões. Tiraram a Espanha, atual campeã da Eurocopa de 2008 na semifinal, e perderam a final para o Brasil de virada por 3 a 2.

Alemão residente em Uberaba acredita que a seleção de seu país surpeenderá na Copa

Foto: Enerson Cleiton

Alemão radicado em Uberaba acredita que a seleção de seu país elimina a Inglaterra nas oitavas-de-final da Copa, disputada neste domingo (27), às 11h. Mesmo sem querer prever resultados, o professor de alemão Anton Klivinyi, 59 anos, enfatiza que a tradição da Alemanha em Copas do Mundo pesa a favor do time neste Mundial.
Anton assistiu à partida de ontem, diante da seleção de Gana, na escola de idiomas onde trabalha (foto). O 1 a 0 da Alemanha - gol do meio-campista Ozil - esteve longe de ser empolgante, mas foi suficiente para garantir as duas seleções na próxima fase. Os ganeses acabaram beneficiados pelo magro 2 a 1 da Austrália sobre a Sérvia. Com seis pontos, a Alemanha terminou a fase inicial na liderança do Grupo D. Já Gana, com quatro, se manteve em segundo graças ao saldo de gols: zero contra menos três da Austrália.
“Foi difícil o jogo, mas a Alemanha sempre cresce na Copa. Passaremos da Inglaterra nas oitavas-de-final, mas não sei até onde chegaremos. A Copa está esquisita, fica difícil de prever. Podemos enfrentar a Argentina, que está bem na competição”, diz Klivinyi.Para ele, Alemanha e Inglaterra irão protagonizar o melhor jogo das oitavas. Ele também não poupa elogios para Cacau, atacante brasileiro naturalizado alemão. “Ele está muito bem. Contra a Inglaterra, ainda teremos o atacante Klose de volta”, lembra o professor de alemão.

Torcedores uberabenses fecham as apostas na definição das últimas vagas da Copa

Foto: Enerson Cleiton

Torcida brasileira espera comemorar nas ruas de Uberaba amanhã, novamente, após o jogo contra Portugal

Bolões da Copa do Mundo não param em Uberaba. Muitos fazem suas apostas e não deixam os favoritos de lado. Dois uberabenses apaixonados pelo futebol, dizem que já acertaram a maioria de seus palpites até aqui e esperam acertar os outros seis times classificados às oitavas.
Uruguai, México, Argentina, Coreia do Sul, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Gana classificaram-se às oitavas-de-final da Copa do Mundo. Holanda (grupo E) e Brasil (grupo G) também já conquistaram a vaga na segunda fase do Mundial com antecedência.
Japão e Dinamarca (grupo E), Paraguai, Itália, Nova Zelândia, e Eslováquia (grupo F), Portugal e Costa do Marfim (grupo G), e Chile, Espanha, Suíça e Honduras (grupo H), lutam pelas seis vagas restantes.
Para o amante da bola, Luis Neto, 25 anos, a Dinamarca ficará com a vaga no grupo E, enquanto Paraguai e Itália passam no grupo F, Portugal no G, e Espanha e Chile no H. “O grupo mais equilibrado é o H. Vai ser muito difícil para a Espanha”, diz Luis.
Enquanto isso, a estudante Ana de Souza, 19 anos, concorda com Luis em quase tudo. Mas, segundo ela, a Suíça acabará ficando com a vaga no grupo H. “Acredito mais na Suíça. No grupo E, gostaria que o Japão se classificasse, mas acho que a Dinamarca fica com a vaga”, aposta Ana.
O Japão joga por um empate contra a Dinamarca, hoje, às 15h30, para ficar com a última vaga do grupo E. O Paraguai precisa apenas de um empate diante da Nova Zelândia, hoje, às 11h, para ir às oitavas. A Itália também se garante na segunda fase sem depender do outro resultado, caso vença a Eslováquia, que precisará vencer os atuais campeões mundiais e torcer por tropeço da Nova Zelândia no mesmo horário. A Eslováquia só se garante caso vença por quatro gols de diferença.
Portugal está praticamente classificado no grupo G. Mesmo perdendo para o Brasil amanhã, às 11h, só fica fora em caso de goleada histórica da Costa do Marfim, contra a Coreia do Norte. No grupo H - um dos mais equilibrados da competição - a luta está complicadíssima. O líder Chile precisa de um empate contra os espanhóis para conquistar a classificação. Porém, se perder, dará a classificação para a Espanha, e ainda torcerá para que a Suíça não vença a Honduras, por qualquer outro placar que não seja o 1 a 0.

Francês em Uberaba lamenta eliminação da França na Copa

Foto: Enerson Cleiton

Francês em Uberaba fica decepcionado com o retrospecto da atual vice-campeã Mundial na Copa do Mundo. François Berland, 57 anos, se mudou para a cidade em dezembro do ano passado e assistiu à partida de ontem, diante da África do Sul em sua casa, ao lado da esposa brasileira Valdirene Souza Berland. A derrota para a seleção anfitriã da Copa por 2 a 1 deixou os azuis na última colocação do Grupo A, com apenas um ponto conquistado em três jogos. Uruguai e México passaram para as oitavas-de-final.
Para François, a França chegaria pelo menos até as quartas-de-final da Copa. Nervoso com o resultado, ele não acredita que os jogadores tenham boicotado o tão criticado treinador Raymond Domenech. “O time estava sem estratégia e não estavam preparados para esta Copa. A equipe já chegou à competição com problemas com o Domenech. O treinador do Bordeaux, Laurent Blanc, deveria ter sido o técnico nesta Copa. Agora, quando o Blanc assumir, felizmente tudo vai mudar”, diz o francês.
Animado com a futura renovação a ser feita por Blanc, futuro treinador dos Blues, François disse que conversou com o filho que mora na França após o jogo, e a opinião dele não era diferente. “Ele também está feliz, pois com o Blanc tudo vai mudar”, revela Berland.
Para François, o meio-campista Gourcuff, que já trabalhou com Blanc na equipe do Bordeaux é o principal jogador da atual seleção francesa. O jovem meia teria sido um dos pivôs de uma das diversas crises no time da França. Gourcuff teria problemas de relacionamento com diversos jogadores do elenco. Ribery teria se recusado a tocar a bola para ele na partida de estreia, diante do Uruguai. “O Evra também é muito bom. Ter deixado bons jogadores fora da Copa, como o atacante Benzema do Real Madrid, foi um erro do treinador”, acredita François.
Agora, sua torcida será para o Brasil e pela Suíça, país em que também já morou e que ainda luta por uma vaga nas oitavas-de-final. Se o time europeu ficar na segunda colocação, poderá enfrentar o Brasil logo nas oitavas. “Se houver este confronto, vou torcer pela Suíça”, afirma Berland.
François morava em Chartres, a 90 quilômetros da capital Paris. Ele conheceu Valdirene na Suíça, onde ela morava. Após o casal ficar um período na Suíça, veio para o Brasil após problemas particulares. Acabaram decidindo ficar no município, onde a mãe de Valdirene mora. Agora, são proprietários de um bar e restaurante de cozinha francesa e brasileira, na rua Passa Quatro, número 437, no bairro Bom Retiro. Além disso, François também dará aulas de francês em uma escola de idiomas na cidade.

Desastre Moral - Na segunda-feira (21), a pedido do presidente Nicolas Sarkozy, a ministra de saúde e esporte da França usou palavras fortes para qualificar a crise pela qual atravessa a seleção francesa de futebol nesta Copa do Mundo. Roselyne Bachelot convocou uma entrevista para comentar o caso que ela classificou como 'um desastre moral'. “O futebol francês enfrenta um desastre, não porque perdemos um jogo. Mas porque esse desastre é um desastre moral. O governo francês não intervem no esporte, salvo em casos em que a reputação do país inteiro está em jogo. Como é caso hoje”, declarou a ministra, pausadamente.

Descendentes estiveram juntos ontem para torcer pela Grécia

Foto: Enerson Cleiton

A colônia grega em Uberaba se reuniu na tarde de ontem para acompanhar o jogo entre Grécia e Argentina, válido pelo Grupo B. O time europeu acabou eliminado da Copa do Mundo após perder para a equipe portenha por 2 a 0. José Paulo Kefalás, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), foi à casa (foto) do médico do Uberaba Sport Club (USC), Dr. Constantino Calapodopolus, e viu o time comandado por Maradona concretizar os 100% de aproveitamento na primeira fase.
Ao lado de sua família, o médico do USC preparou alguns petiscos brasileiros para o evento. Porém, a bebida foi grega e, com o nome diferente para os brasileiros: Ouzo. Na mesa da sala, em frente à televisão, Kefalás, Constantino, e seu filho, George Calapodopolus, vestiam a camisa da Grécia. Com um passatempo tempo na mão, o objeto grego chamado komboloi, torciam a todo o instante pela seleção grega. Até mesmo a bandeira do país Europeu estava exposta na sala e na janela da casa.
O jogo começou ao mesmo tempo em que Coreia do Sul e Nigéria - os dois outros times do grupo - também se confrontavam em busca de uma vaga nas oitavas-de-final. Assim que os africanos abriram o placar diante dos asiáticos, veio a esperança. A Grécia, com o eventual empate, se classificava com quatro pontos, ao lado da Argentina, com sete. Entretanto, a Coreia empatou e, no intervalo, a Grécia ficava fora com o marcador provisório diante da Argentina (Grécia e Coreia ficavam com quatro pontos, mas os asiáticos tinham maior número de gols marcados). Mesmo assim, o otimismo estava presente. “Vamos ganhar esse jogo”, disse Dr. Constantino. “O gol da vitória vai ser aos 43 do segundo tempo”, afirmou Kefalás.
A Coreia chegou a virar o placar no segundo tempo, mas a Nigéria logo igualou o marcador novamente. O problema é que, aos 32 minutos da segunda etapa, a Argentina abriu o placar com o zagueiro Demichelis e estragou a festa preparada na casa. Aos 43, o atacante Palermo decretou a eliminação grega.
A Argentina terminou na primeira colocação do grupo com nove pontos e enfrenta o México nas oitavas-de-final. A Coreia ficou em segundo com quatro tentos, e encara o Uruguai nas oitavas. Grécia com três e Nigéria com um, voltaram para casa.

Mesmo com a frustração, Kefalás achou que o melhor jogador em campo foi o goleiro grego Tzorvas. “A Argentina teve as duas oportunidades e não desperdiçou. É isso mesmo. Agora, o Brasil vai vingar. Vamos ganhar da Argentina nesta Copa”, acredita José Paulo.

Venda de bebidas em dias de jogos do Brasil aumentam em até 80% na cidade

Além da vitória do Brasil e da classificação à segunda fase da Copa do Mundo assegurada, proprietários de distribuídoras de bebidas da cidade estão com motivos de sobra para sorrir. O aumento nas vendas deste final de semana chegou a até 80% em alguns estabelecimentos de Uberaba. Na maioria dos locais, a cerveja foi o produto mais procurado pelo uberabense. Além dela, refrigerantes, gelo, carvão e energéticos tiveram boa saída. A expectativa é que o bom movimento se mantenha nesta sexta-feira, com a terceira e última partida do Brasil na primeira fase. A seleção de Dunga, líder do grupo G com seis pontos, enfrenta Portugal, vice-líder com quatro pontos, às 11h.
Em uma distribuídora de bebidas, situada na rua Segismundo Carlos Ferreira, no bairro Parque das Américas, houve considerado aumento de vendas neste fim de semana: aproximadamente 80%. “Além da cerveja, refrigerantes e carvão venderam bastante”, afirma a funcionária Maria Aparecida Gonçalves.
Na faixa de 30 a 40% de aumento, outra distribuídora no Parque das Américas, localizada na avenida Edílson Lamartine Mendes, seguiu aberta 24h. “A venda foi muito boa neste fim de semana. O que mais vendeu foi cerveja, mas energético também teve um alto crescimento. A expectativa para o jogo do Brasil nesta sexta-feira segue boa, mesmo a partida começando mais cedo: 11h. Se fosse as 15h30, seria melhor”, diz a proprietária Marly Ribeiro.

Em outra tradicional distribuídora de bebidas, na avenida Odilon Fernandes, no centro, o aumento foi de 20%. Em uma que trabalha apenas com gelo, na rua Araguari, no bairro São Benedito, houve o acréscimo de 40% nas vendas do produto. “O movimento foi muito melhor que o dos dias comuns”, garante a funcionária Kelly Caetano.

Hondurenho fica desiludido com sua seleção e agora torce pela Argentina

Foto: Enerson Cleiton

Seleção de Honduras perde o jogo para a Espanha por 2 a 0 na tarde de ontem, classificação à segunda fase fica ainda mais distante, e hondurenho em Uberaba fica decepcionado com a atuação de seu país no Mundial até aqui.
Após 28 anos sem disputar uma Copa do Mundo, agora a Honduras não depende apenas de suas forças. Além de torcer por uma simples vitória do Chile diante da Espanha no próximo dia 25, às 15h30, terá que vencer a Suíça no mesmo dia e horário por três gols de diferença, caso a Espanha também não marque nenhum gol em sua partida, para se garantir nas oitavas-de-final.
Sem acreditar nesta possibilidade, o hondurenho Elton Diaz (foto), que trabalha como garçom na cidade há pouco mais de quatro anos, assistiu a partida diante da Espanha em sua casa e diz que torcerá pela Argentina a partir de agora. “Mandei fazer uma bandeira de Honduras. Estou decepcionado com tudo e com todos os jogadores. Mesmo com a possibilidade, está muito difícil classificar. Acho que não vai dar, mas mesmo assim meu amor por Honduras continua”, afirma Elton.
Além de Honduras, apenas Camarões, Nigéria e Coreia do Norte também perderam os dois primeiros jogos da primeira fase. Porém a seleção da América Central, assim como a Nigéria, ainda possui chances de classificação.

O resultado de ontem deixou a Fúria em segundo lugar da chave, com três pontos (tem saldo de um gol, contra zero dos suíços). O Chile lidera com seis, enquanto Honduras tem zero. Os dois gols da Espanha foram marcados pelo atacante David Villa, que também desperdiçou um pênalti.

Colônia grega em Uberaba acredita em zebra diante da Argentina

Foto: Enerson Cleiton

Colônia grega em Uberaba se prepara para assistir a partida decisiva entre Grécia e Argentina, hoje, às 15h30, válida pela terceira e última rodada do grupo B. A união de duas famílias na cidade promete ser o suficiente para secar o time comandado por Maradona. Porém, a seleção europeia não depende apenas de uma simples vitória para ir à segunda fase da Copa do Mundo.

O médico do Uberaba Sport Club, Dr. Constantino Calapodopolus, e o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Uberaba, José Paulo Kefalás, descendentes de gregos, se reunem com suas famílias, nesta terça-feira, mesmo sabendo da difícil missão a ser encarada pela Grécia, campeã da Eurocopa em 2004.
Para se classificar sem depender de nenhum outro resultado, a Grécia, atual terceira colocada em seu grupo com três pontos, precisa vencer a equipe portenha, primeira colocada com seis tentos, por três gols de diferença. Em caso de uma simples vitória, os gregos torcem para que a Coreia do Sul, segunda colocada com três pontos (vence a eventual disputa pelo segundo lugar com a Grécia, pois tem maior número de gols marcados), empate ou perca da Nigéria, última colocada sem nenhum ponto, no confronto disputado no mesmo horário. Se vencer por dois gols de diferença, torce para que a Coreia não vença por mais de um gol de difrença. Se empatar, a Grécia torce por vitória da equipe africana diante da asiática.
Dr. Constantino aposta que a Grécia empata ou vence a Argentina por 1 a 0. “Meu palpite mesmo é 1 a 1. Dependeremos de outros resultados, mas vamos classificar. É difícil ganhar da Argetina”, diz o médico.
Animado para a reunião na casa do amigo Calapodopulos, que já conta com a bandeira do Brasil e da Grécia na janela (foto), Kefalás também acredita em uma surpresa. “No primeiro jogo da Grécia na Copa, achei ela a pior seleção de todas. No jogo passado, contra a Nigéria, jogou bem melhor. A chance de vencer a Argentina é pouca, mas se o time se comportar bem, pode surpreender. Basta anular as peças do adversário. O futebol é conjunto, e isso é possível”, afirma Kefalás.

Para exemplificar a possibilidade da zebra, ele vai além. “Nesta Copa está acontecendo várias zebras. A França está em uma difícil situação. A Itália também corre esse risco. São grupos semelhantes. Possuem campeões mundiais que estão ruins (França e Itália, respectivamente), com times sulamericanos (Uruguai e Paraguai, respectivamente), e equipes com boa participação (México e Eslováquia, respectivamente).

Padre de Uberaba viciado em futebol aposta em vitória da seleção hoje

Foto: Enerson Cleiton

Insatisfeito com a seleção brasileira e com o nível técnico da Copa do Mundo, padre de Uberaba acredita que o Brasil vence o jogo de hoje diante da Costa do Marfim, às 15h30. Padre Sandro Dalmolin (foto), da paróquia Santo Expedito, é ex-jogador de futebol profissional e um amante do esporte.
Gaúcho de Porto Alegre e torcedor do Grêmio, Sandro, 39 anos, está em Uberaba há aproximadamente um ano. Antes de chegar à cidade, esteve por nove anos em Sacramento. Esportista, ele joga futebol três vezes por semana, e chegou até a atuar como meio-campista em um time profissional de Portugal antes de se tornar padre.
Fanático pelo Brasil e viciado no esporte, Dalmolin se prepara para os jogos da seleção com a camisa do Brasil e uma bandana com as cores verde e amarela. Além de assistir os confrontos da seleção junto com os jovens de sua paróquia, ele revela que acompanhou quase todas as partidas do Mundial até aqui. Porém, o nível não tem o agradado. “As outras Copas foram bem melhores. Uruguai e principalmente a Espanha tem me decepcionado. Os espanhóis ficaram dois anos focados e são os que mais ganham para jogar por uma seleção. O Brasil então nem se fala”, diz Padre Sandro.
Insatisfeito com o time de Dunga, ele não poupa críticas. “Está bom, mas poderia estar melhor. Eu não teria levado o atacante Grafite, por exemplo. O Kaká não está bem. Estão falando que ele só vai estar bom após a terceira partida. A Copa é para agora”, afirma Dalmolin.
A seleção de Portugal, país em que já morou, é considerada por ele como uma seleção mais realista que a brasileira. “O Brasil está fechado. Não mostram os treinos e a gente não sabe o que está acontecendo. Portugal é diferente”, garante Sandro.
Para ele, o Brasil vence o jogo de hoje por 3 a 1. Porém, ele aposta que a Argentina leva o título da competição. “Os argentinos são os mais arrogantes, mas infelizmente acho que vão ganhar. Tem sido a melhor seleção da Copa até agora. O Messi e o Tévez têm jogado muito bem e podem decidir”, diz Sandro.
Sem rezar pela vitória do Brasil durante as missas, a agenda de hoje será e cheia, mas haverá folga durante o horário da partida. Às 8h30, celebra missa nas paróquias Santo Antônio e São Batista. Às 9h30 na Santo Expedito. Às 18h30 novamente na paróquia Santo Antônio, e as 19h30 na Santo Expedito.

Jovens do Instituto de Cegos fazem festa em dias de jogos do Brasil

Foto: Enerson Cleiton

Jovens uberabenses internos do Instituto de Cegos do Brasil Central fazem festa em dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. Mesmo um pouco insatisfeitos com o time comandado por Dunga, eles prometem fazer novamente um samba, em caso de vitória do Brasil hoje, diante da Costa do Marfim.
Ao todo, aproximadamente 30 pessoas moram no Instituto. No dormitório, no refeitório ou nos corredores, pelo rádio ou pela televisão, todos acompanham as partidas. Felipe Tavares dos Santos (foto), 20 anos, mora no Instituto há 17 anos. Baterista da banda do local, ele afirma que muito barulho foi feito após a vitória da seleção diante da Coréia do Norte, na última terça-feira (15). “Prefiro acompanhar pela televisão. Depois do jogo fizemos uma percussão. No domingo, caso ganharmos, vamos fazer também”, diz Felipe.
Segundo ele, a deficiência visual não é uma barreira para ver os jogos. A única dificuldade presente foi acompanhar a seleção devendo um melhor desempenho. “O Brasil ainda tem chance de arrumar os jogadores e fazer coisa melhor. Está bom, mas pode melhorar. Domingo, contra a Costa do Marfim, acredito que ganhamos de 3 a 1”, aposta o baterista.

O vocalista e violonista da banda, Athos Caetano da Silva, também acha que a seleção vive um momento difícil. “Estou acompanhando a seleção. O Kaká jogou fraturado. Está muito complicado esse Brasil”, afirma Athos.

Jogos do Brasil auxiliam no tratamento de crianças internadas com câncer na cidade

Jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo auxiliam no tratamento de crianças com câncer no Hospital Dr. Hélio Angotti (foto). Na partida desta última terça-feira (15), diante da Coreia do Norte, os jovens fizeram grande festa na unidade hospitalar. Hoje, a situação ocorre novamente, diante da Costa do Marfim.
A ideia do projeto que uniu as crianças durante o confronto do Mundial partiu da terapeuta ocupacional Tatiana Scandiuzzi. “É um acontecimento mundial, em que as crianças se informam sobre o que está ocorrendo no mundo. É uma interação social para elas. Participam do evento mesmo estando dentro do Hospital”, afirma Tatiana.
Ao todo, quatro crianças assistem as partidas na sala de brinquedos do Hélio Angotti. Salgadinhos, refrigerantes e brinquedos, prometem tomar conta da festa no local. “Na terça-feira fizemos compras. Também coloquei apitos e sanfonas para elas brincarem”, diz a terapeuta.

De acordo com ela, os jogos do Brasil auxiliam no tratamento da doença. “Elas esquecem do sofrimento e da dor durante os jogos. Elas deixam de ficar nos quartos, e isso proporciona uma liberdade de expressão para elas. É muito interessante. Uma das crianças tem dificuldade para conversar. Com o apito, ela pode se expressar. Durante os gols, todos comemoram. Amanhã vamos fazer isso novamente”, garante Scandiuzzi.

Comemorações na cidade foram tranquilas mesmo com confusão no trânsito

Foto: Enerson Cleiton

Polícia Militar (PM) e Guarda Municipal de Uberaba (GMU) não registraram graves ocorrências durante as comemorações de ontem após o jogo Brasil. Reivindicado pela população como local para festejar, o cruzamento da avenida Santos Dumont com a rua Medalha Milagrosa (foto), onde teve muita confusão, segue proibido pelas forças de segurança da cidade.

Nas blitze da GMU, apenas dois veículos foram removidos devido a pessoas estarem no compartimento de carga. Um outro carro foi notificado por carregar uma pessoa sentada na porta. “Foi tudo bem e sem maiores proporções. De acordo com o Código de Trânsito, temos que remover os carros que estiverem com pessoas no compartimento de carga”, explica Marco Túlio Gianvecchio, chefe de policiamento da GMU.
Na operação feita pela PM, que contou com 120 homens em todo o município, até as 0h, apenas um furto de motocicleta foi registrado. “O trabalho foi tranquilo e não houve graves ocorrências. Além de estarmos no Parque das Acácias, onde tudo foi cumprido como o previsto, fizemos o policiamento preventivo em locais como na avenida Guilherme Ferreira. Não permitimos aglomeração de pessoas e estacionando os carros. Porém, alguns pararam nos postos próximos. Não foi necessário acionarmos o guincho em nenhuma ocasião. Próximo a Medalha, não poderá haver comemorações. Antes do término dos jogos, já aconselhamos os proprietários dos postos a cercar os estabelecimentos”, afirma o tenente-coronel João Lunardi, comandante do 4° Batalhão de PM de Uberaba.
No próximo jogo do Brasil diante da Costa Marfim, no domingo, às 15h30, o trabalho da PM será feito da mesma forma. “Já sugerimos que todos vão ao Parque das Acácias, onde terão total proteção da PM. É sempre bom relembrar algumas medidas de proteção, como não levar objetos de valor e tomar cuidado com os celulares”, diz Lunardi.

Jogo do Brasil atrapalha o movimento nas panificadoras da cidade

Comemorada pela maioria dos uberabenses, a vitória do Brasil diante da Coreia do Norte não foi motivo de total alegria para os proprietários de panificadoras do município. Em diversos estabelecimentos, o funcionamento ocorreu normalmente durante a partida de ontem, iniciada às 15h30. Porém, o movimento só foi bom antes do início do jogo.
Em uma delas, localizada na Praça Santa Terezinha, no bairro Fabrício, houve intensas vendas até o início do confronto. Segundo o gerente dela, João Flausino, a terça-feira foi pior do que os dias comuns. “Ficamos abertos durante a partida. Colocamos uma televisão na produção e outra no atendimento. Os funcionários revezavam o atendimento. No intervalo do jogo tivemos algumas pessoas aqui, mas foram poucas. Antes e depois do jogo foi bom. No total, foi pior a terça foi pior que as outras”, afirma Flausino. Refrigerantes e salgadinhos foram os produtos mais vendidos no local.
Em uma tradicional panificadora na avenida Leopoldino de Oliveira, no centro, a situação não foi diferente. Mesmo sem abrir após o jogo, o proprietário Marco Túlio Ribeiro de Almeida não esperava a fraca venda. “Só foi bom na véspera do jogo. Não chegou a vender o que vendemos em um dia comum”, garante Marco. Pães (foto) e salgadinhos foram os produtos com maior saída.
Na avenida da Saudade, no bairro Mercês, outra grande panificadora não teve movimento satisfatório. Fechada apenas durante o jogo, o proprietário Júlio César Caixeta revela que após a partida as vendas foram um fiasco. “Antes foi muito bom, mas o horário do jogo nos atrapalhou. O dia foi ruim”, diz Júlio. Além de salgadinhos, pães e refrigerantes, cervejas em lata e frios também foram muito vendidos.

Contrapartida - Mesmo com o fraco balanço nas três panificadoras, uma outra, situada na avenida Lucas Borges, no bairro Fabrício, diz que o caixa geral do dia foi melhor do que qualquer outro. “Abrimos normalmente. Achamos que durante o jogo fosse parar, mas não parou. Foi muito bom”, afirma a proprietária Fernanda Felipe. Além dos petiscos tradicionais, patês também tiveram boa saída no estabelecimento.

Brasil vence e uberabenses fazem festa

Foto: Enerson Cleiton

Brasil não convence, vence a fraca Coreia do Norte por apenas 2 a 1, mas uberabenses fazem festa por toda a cidade. A principal comemoração aconteceu no Parque das Acácias, a partir das 17h30, onde milhares de habitantes pulavam e gritavam de alegria. O cruzamento da rua Medalha Milagrosa com a avenida Santos Dumont, antigo local de comemorações em dias de jogos de outras edições de Copa, foi barrado pela Guarda Municipal (GM), que impediu a presença de festeiros no local. Em contrapartida, a Polícia Militar (PM), do outro lado da rua, afirmava que a área poderia ser usada.
Marco Túlio Gianvecchio, chefe de policiamento da GM, comandou a operação na Santos Dumont. “Aqui não pode fazer festa. Os postos de gasolina estão fechados. Estamos aqui com as blitze para impedir isso. Qualquer atitude suspeita de algum carro vamos mandar parar”, afirmou o chefe da GM.
No entanto, a PM, que estava parada em frente à GM, na avenida, garantia que o local podia ser utilizado pela população. “A rua é pública. Quem quiser pode ficar na calçada. Estamos aqui para evitar brigas entre as pessoas”, disse o subtenente Denílson, comandante do Choque da PM.
A contradição entre as forças de segurança gerava transtorno a população. “As festas sempre ocorrem aqui na Santos Dumont. A Parada Gay, tudo se faz aqui. Fala pro prefeito Anderson Adauto rever isso. Quando é para votar ele procura a gente”, lamentou a dona de casa Eliane das das Graças Oliveira.

Foto: Enerson Cleiton

Foto: Enerson Cleiton

Foto: Enerson Cleiton

Por volta das 18h30, uma hora após o término da partida, mais de mil uberabenses já animavam o Parque das Acácias, que contava com um caminho de som. No local, uma inusitada bicicleta chamava a atenção de todos. Com as rodas personalizadas e pintadas de verde e amarelo, além de um botijão de gás na garupa para “alimentar” quatro cornetas que estavam fixas na frente, Antônio Carlos da Silva fazia a festa. “O time ficou devendo. Poderia ter sido melhor, mas está bom. Vamos pular”, gritava Antônio.

Foto: Marcos Ribeiro

Desde 1982, o Brasil tem 100% de aproveitamento em suas participações iniciais, mas quase sempre por um gol de diferença. A exceção foi em 1994. O resultado faz a seleção pular para a liderança do Grupo G, e superar Costa do Marfim e Portugal, que empataram ontem por 0 a 0. Os dois gols brasileiros nasceram em passes milimétricos e terminaram em conclusões precisas. Maicon, eleito o melhor do jogo pela Fifa, abriu o placar e quebrou um tabu. Desde 1986, com Josimar, um lateral-direito da seleção não marcava gol em uma Copa. E Elano fez o segundo.

O Brasil agora volta aos treinamentos para a sua segunda partida pelo Grupo G, às 15h30, do próximo domingo, contra Costa do Marfim. Na segunda-feira, a Coreia do Norte tenta evitar sua segunda derrota seguida no Mundial, diante de Portugal, às 8h30.

Brasil estreia amanhã e Djalma Santos aposta em goleada

O Brasil estreia na Copa do Mundo amanhã, às 15h30, diante da Coréia do Norte. Djalma Santos, bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1958 e 1962, aposta que o time de Dunga vence o jogo por 3 a 0. Nenhuma seleção e nenhum craque surpreenderam Djalma até agora no Mundial.
Para ele, o título desta Copa fica com o Brasil, mas Alemanha e Itália também estão entre as favoritas. Kaká é a sua aposta para craque do campeonato, e Luís Fabiano ou Robinho, será o artilheiro do certame. “Vamos torcer pelos brasileiros. Até agora não vi nenhum grande jogador e nenhum bom jogo. A Copa está devendo em alguns aspectos”, afirma Djalma.
O ex-lateral direito, que disputou quatro Copas (1954/1958/1962/1966) em sua carreira, foi convidado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à assistir a competição deste ano, mas preferiu ficar em casa. No confronto de amanhã, ele se reunirá com a família na casa de sua cunhada. “É aniversário de um parente. Vamos comemorar lá durante o jogo”, diz Santos.
Apoiando o treinador Dunga, devido ao trabalho vitorioso feito na seleção, Djalma diz que prefere Maicon do que Daniel Alves, na lateral direita, sua antiga posição nos gramados. Sobre a questionada bola da Copa, a Jabulani, ele diz que se ela for ruim, será para todos. “Quem for bom jogador se adapta rapidamente. Na minha época, a bola era grande e muito ruim”, revela Djalma.
Além da evolução da bola, de outros artigos utilizados no futebol, como as chuteiras, e das próprias características dos jogadores, por exemplo, dos laterais, que em sua época possuiam características defensivas e dificilmente apoiavam o ataque, a forma de assistir as partidas também evoluiu. Rádio, depois televisão e agora até a internet, são as formas encontradas para quem queira ver as partidas. Djalma ainda preferea Tv. “A comunicação está mais fácil, mas não utilizo a internet. Prefiro a Tv”, afirma ele.

Copa do Mundo diverge opiniões de padres da cidade

Unanimidade para muitos, a Copa do Mundo diverge as opiniões de padres de Uberaba. Há representante de paróquia da cidade que se prepara para ver os jogos do Brasil em sua casa, ou em residências de famílias da comunidade. Em contrapartida, há quem seja contra a competição e promete não assistir nenhuma partida da seleção brasileira.

Padre José Bezerra Pereira, da igreja Santa Cruz, mantém a rotina de sua paróquia, mas assiste os jogos do Brasil como todos os brasileiros. Amanhã, no jogo da seleção diante da Coréia do Norte, às 15h30, ele se reúne com uma família de sua Paróquia. “Será aniversário de uma das pessoas da família. Não tenho nenhuma tradição ao ver os jogos e não fico muito nervoso. Quero que o Brasil ganhe como todos os brasileiros também desejam. Costumo tomar um refrigerante ou um suco durante as partidas”, revela Padre José.
Contrário a Copa do Mundo, Padre José Lourenço da Silva Júnior (foto), da igreja São Judas Tadeu, garante não assistirá nenhum jogo do Brasil. “Há coisas mais importantes para se fazer. As pessoas têm o direito de assistir. Não sou contra quem goste. É um direito de todos”, afirma Padre Júnior.

Para ele, a Copa não traz nenhuma representatividade para o país. “Toda a estrutura da Copa ajuda no desenvolvimento do país, mas não me sinto tocado em nenhum momento. Não somente há uma paralisação do povo em relação ao trabalho, mas também há a marginalidade. Não vou participar de nenhum jogo. Acho que isso não muda a realidade do povo e do país. Muitos ficam alienados e gastam o que não têm. Faço isso desde outras Copas”, diz Padre Júnior.

Alemanha em Uberaba? Aqui também tem!

Foto: Enerson Cleiton

Professor alemão residente em Uberaba torce pela seleção brasileira na Copa do Mundo, sem deixar de lado a alegria, caso sua pátria também seja campeã. A Alemanha estréia amanhã, diante da Austrália, às 15h30.
Anton Klivinyi, 59 anos, mudou-se para o Brasil em 1986 para trabalhar em São Paulo. Feliz no território nacional, e há nove anos em Uberaba, por ter se casado com uma uberabense, ele acredita que a seleção canarinho ficará entre as quatro primeiras colocadas do Mundial. “Holanda, Itália, Alemanha e Inglaterra também são favoritas”, diz o professor de alemão de uma escola de idiomas da cidade.
Para ele, o mais curioso da cultura brasileira é que a população não aceita outro resultado, que não seja o primeiro lugar. “Quando perdemos para o Brasil na final da Copa de 2002 fizemos festa. Pensamos que fomos campeões, depois do Brasil. Valorizamos muito isso. No Mundial passado, a terceira colocação também foi comemorada. Estar entre os três é bom”, afirma ele.
A evolução do Brasil em diversos aspectos fez com que um amor fosse criado pela população. Hoje, casado com a uberabense, com quem tem uma filha de nove anos, ele garante que torcerá mais pelo Brasil do que pela Alemanha. “Se ele for campeão acho justo, mas se a Alemanha ganhar, também fico feliz”, diz.
Sem deixar a paixão pelo futebol de lado, Anton já adquiriu uma característica típica do brasileiro: a de ser treinador à distância. Para ele, Kaká não deveria ter sido convocado por Dunga. “O Kaká não está bem. A Copa não é campo de recuperação. O Brasil tem qualidade, mas está com um problema no meio campo. O Ganso, do Santos, deveria ter sido chamado. Gosto muito do Grafite, que também é criticado por muitos. Ele foi artilheiro do Campeonato Alemão, que é um dos melhores do Mundo. O Dunga é um bom treinador e obteve bons resultados. Para mim o melhor jogador do Brasil é o Robinho”, analisa Anton.
Segundo ele, a Alemanha mesmo não tendo um time de astros, pode surpreender. “Ela pode chegar ruim, mas sempre cresce durante a competição. Temos um jogo físico semelhante ao inglês, mas com muito mais técnica”, garante Anton.

O atacante da Alemanha, Miroslav Klose, é um dos únicos jogadores do Mundial que pode alcançar uma marca histórica. Se marcar cinco gols, iguala o recorde de Ronaldo, como o maior artilheiro de todas as Copas. Ao todo, foram 15 gols feitos pelo brasileiro em quatro Copas disputadas. “O Klose vai precisar de muita sorte. Não acredito muito nele. E o Ronaldo deve ser respeitado sempre”, revela Anton.

População uberabense acredita que o Brasil vence a Copa

Capitão do penta, Cafu, levanta a taça em 2002. Se depender dos uberabenses, Lúcio repete a cena neste Mundial.

Aguardada por todo o mundo, a Copa do Mundo começou nesta semana. A estreia do Brasil será no próximo dia 15, às 15h30, diante da Coréia do Norte. Enquanto o uberabense espera o pontepé inicial da seleção brasileira no Mundial, fui ao Calçadão da rua Artur Machado, um dos principais pontos de comércio do município, no centro, saber as opiniões dos torcedores.

Ao todo, foram 10 habitantes da cidade ouvidos na enquete. 70% das pessoas acreditam que o Brasil vença a Copa. 20% apostam em outro país do grupo da seleção canarinho: Portugal. A Holanda tem a preferência de apenas um torcedor. A curiosidade fica por conta de ninguém apostar na rival e sempre favorita Argentina, e na Espanha, atual campeã da Eurocopa 2008.

Marcos dos Santos - Estudante
Acredito na Holanda. O time deles está bom demais.

Iris Mazeto - Vigilante
Aposto no Brasil. Temos que torcer e esperar que a seleção não nos decepcione novamente.

Fernando da Silva Nascimento - Prestador de serviços
Vai dar Brasil. É a seleção que mais ganhou Copas do Mundo. Por isso, acreditamos em nós.

Rochelle Gutierrez - Estudante
Acho que ganha o Brasil, pois somos brasileiros.

Breno Henrique - Estudante
Não aposto no Brasil de jeito nenhum. Portugal vence, pois o time deles é o melhor.

Maicon Henrique - Estudante
Portugal vence. A equipe é a melhor de todas.

Eduardo Nascimento - Estudante
Vai dar Brasil, porém, a Argentina também é muito forte.

Gaspar Ferreira da Silva - Vendedor
O Brasil vence. Vou torcer para ganharmos da Argentina.

Ramon Pacheco Costa - Auxiliar administrativo
Brasil ganha. Ninguém está acreditando na convocação do Dunga. Quando o Brasil fica desacreditado, é quando ganha a Copa.

Adrielly Pereira Rodrigues - Estudante
Acredito no Brasil, porque tem que ser o Brasil.

Crianças uberabenses desejam ficar iguais aos ídolos da Copa

Geralmente, crianças e adolescentes desejam ter o corte de cabelo igual ao de seus ídolos, músicos e jogadores de futebol, por exemplo. Neste período que antecede a Copa do Mundo, a procura pela semelhança ao ídolo aumenta ainda mais em Uberaba.
Cristiano Ronaldo (foto), craque português do Real Madrid da Espanha, e melhor jogador do Mundo em 2008, tem o estilo mais procurado pela garatada, em um tradicional salão infanto-juvenil, localizado na rua Major Eustáquio, no centro. O cabelo bagunçado, com uma mistura de topete e moicano, com gel, tem feito a cabeça dos jovens literalmente.
“Ele é o mais prcourado há muito tempo. Na Copa do Mundo anterior o Kaká estava com uma cabelo maior e o pessoal procurava muito o seu corte. Agora, o cabelo dele está mais curto e não tem tido procura”, revela Giovana Champs, proprietária do salão.
Outro modelo espelhado tem sido o de Deco, meio campista brasileiro do Chelsea da Inglaterra e, que também atua pela seleção portuguesa. Segundo Giovana, estilos mais arrojados não são liberados pelos pais. “Os pais não são muito arrojados e não deixam os filhos cortarem igual ao Neymar, por exemplo”, revela ela.

Cantores - Ainda de acordo com ela, os cantores com estilo mais procurado tem sido: Fiuk, ator e cantor conhecido por interpretar Bernardo Oliveira na décima sétima edição da telenovela Malhação, da Rede Globo, e por ser vocalista da banda Hori. Além dele, Justin Bieber, cantor de pop canadense, que estourou nas paradas com apenas 15 anos, é outro modelo para a criançada uberabense.

No período da Copa, venda de carnes já subiram em até 40% na cidade

Tradição quando o assunto é comemoração, o churrasco segue na pauta dos uberabenses no período da Copa do Mundo. Junto com a cerveja ou com o refrigerante, centenas de habitantes da cidade planejam com antecedência a compra das carnes para as festas. Atacados já sentiram acréscimo nas vendas de até 40%. Há quem ainda não observou reflexo e sequer espera aumento na saída de carnes no momento.
Em um atacado de carnes, localizado na Pça. Carlos Gomes, no bairro Estados Unidos, as vendas de carne subiram 40% desde o início do mês. A expectativa é que até a véspera da estreia do Brasil, dia 15, o número dobre. “Com certeza vai aumentar ainda mais. Esperamos chegar aos 80%. A Copa do Mundo tem uma influência bastante satisfatória”, afirma a funcionária Cláudia Ferreira. Os tipos de carnes que mais saem no local são: fraldão, alcatra e contra filé, respectivamente.
Em outro atacado, situado na rua Goiás, no bairro Santa Maria, a esperança do proprietário é que o acréscimo nas vendas atinja apenas 20%, devido ao horário das partidas. “Ainda não aumentou. A tendência é melhorar até chegar os jogos do Brasil. Devido ao horário dos jogos, muita gente volta a trabalhar ou assiste no próprio serviço, por isso, não deve subir muito”, explica Antônio Marcos.
Mesmo assim, a Copa do Mundo não é motivo de alegria para alguns estabelecimentos. No outro atacado de carnes em Uberaba, que fica na avenida Padre Eddie Bernardes Silva, no bairro de Lourdes, não há sequer a esperança de acréscimo nas vendas dos produtos. “A diferença é pouca. Não aumentou e não vai aumentar”, diz o proprietário Paulo José.
Com ou sem churrasco, o país do futebol já está ligado no Mundial. O Brasil estreia dia 15, às 15h30, diante da Coréia do Norte.

Honduras em Uberaba? Aqui tem!

Foto: Enerson Cleiton

A seleção de Honduras está de volta a Copa do Mundo após 28 anos. Em Uberaba, um hondurenho aposta na classificação de seu país à segunda fase. Mesmo com pouca tradição no futebol, um dos maiores feitos da seleção da América Central foi eliminar o Brasil nas quartas de final da Copa América de 2001.

Elton Diaz, 28 anos, mora em Uberaba há pouco mais de quatro anos. Ele se mudou para o Triângulo Mineiro após se casar com uma uberabense, que conheceu quando trabalhava em um cruzeiro, em Cabo Frio-RJ. Como garçom na cidade, ele agora passa por um momento constrangedor. Em um dos bares que trabalha, na avenida da Saudade, os funcionários têm que vestir uma camisa do Brasil no período da Copa. Para ele, isso é uma tortura. “Eu gosto do Brasil e das pessoas, mas o meu amor é pela Honduras. Eu não queria ter que vesti-la. Muitos amigos me cornetam, mas desafio qualquer um no futebol”, arrisca Elton, ao "dar uma" de jogador.
Com a camisa de Honduras no corpo, ele ainda aguarda a bandeira de Honduras que deve chegar daqui a aproximadamente duas semanas. Seu país está no Grupo H, ao lado de Chile, Suíça e Espanha, atual campeã da Eurocopa. Mesmo em um grupo não tão fácil, ele aposta na classificação do time. “Já fizemos amistosos contra o Chile e ganhamos tranquilamente. O último foi disputado nos Estados Unidos e ficou 2 a 0 para nós. Não conheço muito a Suíça, mas acredito que vamos a segunda fase”, diz Diaz.
Caso Honduras classifique em seu grupo, um confronto diante do Brasil pode acontecer já nas oitavas-de-final. Se o país da América Central ficar em primeiro, enfrenta o segundo colocado do grupo G, o do Brasil. Se ficar em segundo, enfrentará o primeiro do G. Quando questionado se torceria para o Brasil caso Honduras fosse elminada, ele sorriu ironicamente e preferiu não responder.
A única maneira de acompanhar a sua seleção atualmente é pela internet. Fanático, ele ficou chocado quando recebeu a notícia de que um dos principais jogadores de Honduras havia sido cortado devido a uma lesão. Wilson Palacios, volante do Tottenham da Inglaterra está fora do Mundial. “Isso foi um choque imenso. Ainda vamos ficar no primeiro jogo sem o atacante ex-Inter de Milão, David Suazo. Mesmo assim, temos bons jogadores. O principal ídolo é o atacante Carlos Pavón, de 36 anos, que fez o gol da nossa classificação diante de El Slavador”, diz Elton.
Honduras estreia na Copa no próximo dia 16, às 8h30, diante do Chile. Esta é a segunda vez que o país de quase oito milhões de habitantes participa de um Mundial. A primeira vez foi em 1982, na edição disputada na Espanha.

Copa do Mundo interfere na economia, garante especialista de Uberaba

População brasileira em euforia no período de Copa do Mundo

Economia de Uberaba pode ser interferida antes, durante e após a Copa do Mundo. Quem garante isso é o economista e professor Cássio Silveira da Silva. Ele também revela que há diversos tipos de reflexos neste período.
De acordo com ele, o primeiro reflexo é o chamado “Pré Copa”, em que as pessoas se encontram entusiasmadas com um possível desempenho positivo da seleção brasileira no Mundial, e adquirem diversos produtos como camisas, bandeiras, sem contar nos itens alimentícios, para se reunirem em festas durante os jogos do campeonato.
Mas, segundo ele, o principal problema é que os confrontos do Brasil neste Mundial serão a tarde. “Isso significa que o comércio vai parar neste período por volta das 15h. As pessoas ficam afoitas demais. Mesmo que volte a trabalhar em caso de vitória do Brasil, o foco no trabalho não permanece. Em caso de derrota, a pessoa fica aborrecida e não está mais focada totalmente no negócio”, explica Silveira.
Em caso de vitória da seleção no Mundial, o reflexo será mais que positivo. “Os consumidores ficam mais confiantes. Como o futebol é uma paixão nacional e a economia uma ciência social, ela é afetada por questão social, e neste caso há uma influência postivia. Se perder, sgnifica que as pessoas podem ficar mais descrentes, e isso influencia no otimismo da economia e até mesmo da política”, afirma Cássio.
Sendo assim, para ele, o país deveria repensar em relação a época em que ocorre eleição a presidência e cargos importantes. “As eleições não deveriam coincidir com a Copa. Isso deveria ser combinado antes. Os desempenhos do futebol afetam o comportamento das pessoas. Alguns, apresentam baixo desempenho na vida, se até mesmo o time do bairro perca”, diz o economista.

Novidades da Copa - A Fifa divulgou um pequeno código de conduta para os torcedores que estarão nos estádios da África do Sul durante a Copa. As célebres vuvuzelas podem entrar – desde que estejam dentro das especificações corretas. Confira a seguir o que pode e o que não pode nos estádios do Mundial:
É permitido levar: bandeiras e faixas com no máximo 2 metros x 1,5 metro; vuvuzelas, desde que não tenham marca comercial e não passem de 1 metro de comprimento; câmeras para uso particular, com um jogo de pilhas adicional; makaparas, os tradicionais capacetes decorados de torcedores sul-africanos.
Não é permitido levar: armas; guarda-chuvas; garrafas e latas; álcool e drogas; megafones e buzinas; apontador de laser; animais; fogos de artifício; capacetes de motocicleta.
Exige-se que: o torcedor chegue pelo menos duas horas antes do horário de cada partida; leve pelo menos um documento reconhecido internacionalmente; sente-se no lugar marcado; submeta-se a revistas policiais.

Dentro do estádio, é proibido: fumar nas arquibancadas; ficar de pé no assento; tentar sair e entrar do estádio; provocar torcedores rivais e funcionários do evento.

Djalma Santos acredita na vitória do Brasil na Copa

Se depender de Djalma Santos (foto), bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1958 e 1962, o Brasil já conquistou o título da Copa do Mundo na África do Sul. Além da seleção canarinho, ele aposta na Alemanha e na Itália, atual campeã mundial, entre as favoritas.
Kaká, que ainda se recupera de lesão, e não está em alta com os torcedores de seu time, o Real Madrid da Espanha, é a aposta de Djalma para ser o craque do campeonato. “Vamos torcer pelo brasileiro “, disse ele.

O treinador Dunga, ainda questionado por muitos em relação ao trabalho feito nesses quase quatro anos a frente do Brasil, é apoiado pelo bicampeão. Para ele, o capitão do tetra também deve ser apoiado pelos torcedores. “Dunga tem feito um trabalho muito bom. Devemos apoiá-lo e torcer para que ele traga o título para o Brasil”, afirmou Djalma.

O ex-lateral direito, que disputou quatro Copas (1954/1958/1962/1966) em sua vitoriosa carreira, foi convidado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assistir a competição deste ano. Com a humildade de sempre, ele revelou que preferiu ficar em casa dessa vez. “Preferi assistir pela televisão mesmo”, disse ele.
Curiosidade - Se nos dias de hoje a bebida é um tabu durante a disputa da Copa do Mundo, no passado já foi diferente. O lateral Djalma Santos contou ao livro As melhores seleções brasileiras de todos os tempos, do narrador Milton Leite, publicado neste ano, uma história envolvendo ele e o companheiro Vavá durante o Mundial de 62.
"Num dia de folga, eu e o Vavá saímos pela cidade e resolvemos tomar uma taça de vinho. Sabe como é, vinho chileno é bom e lá é baratinho. Nós estávamos lá e os jornalistas passando, olhando. Foram falar com o Carlos Nascimento, supervisor, que tinham visto a gente e tudo mais", contou Djalma. Entretanto, o bom relacionamento entre jogadores e comissão técnica foi importante para evitar uma crise.

"Mas como eles tinham confiança nos jogadores, o Aymoré me chamou e perguntou se eu tinha bebido, eu disse que sim, uma taça. Ele assumiu e disse para os repórteres que não tinha problema nenhum, que todo mundo ali era responsável. Provavelmente se não houvesse essa confiança nós teríamos sido punidos ou teria saído uma manchete 'Djalma bêbado' ou algo assim", lembrou ele.

As vuvuzelas de Uberaba

Corneta semelhante a típica da África do Sul deve implacar em Uberaba

Foto: Enerson Cleiton

A vuvuzela, corneta de cerca de um metro de comprimento, usualmente usada por torcedores em jogos de futebol na África do Sul, já está com versão semelhante em Uberaba. Um pouco menor que a original, e verde e amarela, deve ser responsável por uma explosão de vendas na próxima semana.

Em uma banca de jornal, na avenida Guilherme Ferreira, no bairro Cidade Jardim, três tipos de cornetas já estão expostas (foto). A menor pode ser adquirida pelo valor de R$ 2,50. Uma semelhante a uma sanfona custa R$ 6. A que mais se assemelha a vuvuzela, mas com cerca de 50 centímetros, é levada por R$ 3,50.

Na rua Artur Machado, no centro, lojas de outros segmentos vendem os objetos de utilidades neste período. Com quase um metro de comprimeto, a vuvuzela de Uberaba é comprada por apenas R$ 2,80. De acordo com o gerente da loja, a forte venda ainda não começou. “Acredito que vendemos cerca de 10 unidades por dia. Por enquanto está pouco. Nos próximos dias deve aumentar”, espera João de Souza.

A origem do nome vuvuzela é controversa. Pode provir da palavra Zulu para "fazer barulho", a partir da "vuvu" som que faz, ou de gírias da África do Sul relacionadas à palavra para "chuveiro". A vuvuzela tornou-se popular no país na década de 1990. Em 2001, a empresa sul-africana Masincedane Sport começou a produzir em massa uma versão de plástico. Requerem um sopro forte, de modo a emitir um ruído semelhante ao de uma sirene ou ao de um elefante. A utilização da vuvuzela é característica dos jogos entre grandes equipes de futebol sul-africano como o Kaizer Chiefs e o Orlando Pirates. As vuvuzelas da torcida dos Chiefs são amarelas e vermelhas, enquanto as da torcida dos Pirates são magenta cor de tijolo.

Como forma de promover o apoio à seleção portuguesa de futebol para o Mundial de 2010, a Galp Energia teve a ideia de comercializar centenas de milhares de vuvuzelas nos seus postos de abastecimento nos meses que antecederam a competição. Mabhuti, veio a Portugal para ensinar a técnica usada para tocar a Vuvuzela, e associado à campanha Vamos lá Portugal. Vários jogadores da Seleção também aprenderam a tocar este típico instrumento Sul-africano, como forma de celebrarem a presença de Portugal no Mundial da África do Sul.